A arquitetura da informação é a prática de decidir como organizar as partes de alguma coisa de modo a torná-la compreensível.
Se formos desenvolver essa descrição, podemos dizer que ela tem a função de auxiliar as pessoas a encontrar o que elas estão procurando. Seja em objetos ou locais, físicos ou digitais, ela também possui a finalidade de tornar claro o contexto em que o indivíduo ou usuário está. Arquitetura da informação é um grande pilar da tecnologia e da organização de grandes empresas, fazendo parte de um grande contexto de transformação digital.
Se você for a um supermercado pela primeira vez e quiser saber onde ficam os chocolates, provavelmente vai procurar por uma placa que indica a seção de doces e sobremesas. Da mesma forma, se quiser consultar os ingredientes de um produto, é de se esperar que consiga encontrar essa informação com facilidade na embalagem.
O mesmo vale para o mundo digital, que será o foco deste post — basta adaptar o conceito para softwares, aplicativos, sites, blogs etc.
É fundamental que eles contenham as informações em uma estrutura facilmente compreensível, que siga uma lógica simples e que leve em consideração as possibilidades de interação.
Ou seja, quando pensamos em hierarquias, categorias e outros elementos que favoreçam a navegação e descompliquem a busca por aquilo que estamos procurando, estamos nos referindo à arquitetura da informação.
À primeira vista, ela pode parecer um recurso dispensável, que só visa melhorar a apresentação de um site, aplicativo ou outro tipo de projeto. Contudo, sua importância vai muito além disso. Vamos entender o porquê.
Por que arquitetura da informação importa?
Pode ser que alguns empresários, gestores e outros tomadores de decisão não apoiem um investimento em arquitetura da informação por ignorarem a importância que ela tem para as organizações e os seus clientes. Talvez eles simplesmente não consigam enxergar utilidade prática em um trabalho nesse sentido.
Para ficar mais claro como ela é pertinente, tome o site da sua empresa como exemplo e acompanhe o raciocínio a seguir:
Segundo Steve Krug, autor de “Não Me Faça Pensar” — uma das maiores referências em termos de livros de marketing digital —, existem 4 perguntas que o usuário precisa conseguir responder rapidamente assim que entra em um site:
- O que é isto?
- O que eles têm por aqui?
- O que posso fazer aqui?
- Por que devo estar aqui e não em outro site?
E então, o design e funcionamento do seu site permitem que o visitante responda a essas perguntas sem esforço?
É aí que está uma das maiores vantagens da AI. No contexto de artefatos digitais, ela possibilita o desenvolvimento de produtos e serviços orientados a oferecer qualidade tanto na navegação quanto na usabilidade.
É algo que, sem dúvida, demanda bastante esforço para construir, mas que permite às empresas economizar tempo e dinheiro com a resolução de problemas como dificuldades em entender o que é possível fazer dentro de um site ou não saber o que fazer a seguir diante de determinada tela. São contratempos que eventualmente vão ocorrer, caso não haja um cuidado com a arquitetura da informação. E o que é pior: enquanto não forem solucionados, eles certamente vão causar frustração para a sua audiência.
Assim, ao valorizar a prática de medidas de AI, a marca previne prejuízos como a migração de usuários insatisfeitos para a concorrência ou queixas em sites de reclamação de que o seu site/app/programa não funciona como deveria.
Mas não é só isso. Existem usuários que, ao não encontrarem o que procuram ou se sentirem confusos por não entenderem o que estão vendo na tela, culpam a si mesmos. Dessa forma, passam por uma experiência terrível e associam toda essa sensação negativa à sua companhia ou a algum produto ou serviço que ela oferece.