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“Hackers que implantaram ransomwares em sistemas de TI de suas vítimas e extorquiram milhares de dólares de suas vítimas afirmam que agora não acham mais justo ficar com todo o dinheiro — querem doar parte do valor fruto de suas ações maliciosas à caridade.” (RC) 

Um grupo de cibercriminosos, chamado “Darkside”, afirma que pretende tornar o mundo melhor extorquindo milhões de dólares de grandes empresas e doando tudo para caridade.  

“Uma das instituições que receberam a doação feita em Bitcoins, a Children International, organização humanitária global sem fins lucrativos que ajuda crianças a vencer o ciclo da pobreza e é reconhecida por distribuir livros no Quênia, Uganda e no Malaui, além de promover ajuda humanitária após desastres, como o que ocorreu nas Filipinas, afirma que não tem a pretensão de ficar com o dinheiro.” (RC) 

Foram doados no total, US $ 10.000 em Bitcoin, para duas instituições de caridade por meio de um serviço chamado The Giving Block. Essa atuação chamou atenção das autoridades em relação a algumas questões principais:  

  • “a mudança de comportamento dos cibercriminosos tanto moral quanto legalmente e como isso será visto pela sociedade; 
  • o que os cibercriminosos esperam alcançar com essas doações; 
  • a forma como os hackers pagaram as instituições de caridade, em relação à falta de comprovação de origem do dinheiro e verificação de identidade dos doadores, que não foram exigidos pela empresa intermediadora; 
  • ao permitir doações anônimas de fontes potencialmente ilícitas, aumenta-se o perigo iminente de lavagem de dinheiro.” (RC)  

“O fato das transações com criptomoedas serem realizadas por meio do blockchain pode inibir o rastreamento de informações, tanto sobre os cibercriminosos quanto das vítimas. Entretanto, a empresa que intermediou a transação afirmou que a criptografia facilitará a localização e captura dos cibercriminosos. Será?” (RC)