Na última terça-feira (8), o chefe de engenharia de software da Apple, Craig Federighi, disse em entrevista que a empresa pensa em remover os aplicativos que não cumprirem as novas regras anti-rastreamento que vão ser implementadas no iOS 14. Com as novas regras, todos os aplicativos deverão pedir permissão aos usuários antes de rastrearem seus dados para fins comerciais e publicitários.
A atualização deve ser feita no início de 2021 apesar de ter sido prevista, anteriormente, para o final desse ano. De acordo com a empresa, o motivo desse adiamento é dar mais tempo para os desenvolvedores se adaptarem às novas regras. A nova política anti-rastreamento de dados da Apple tem como intuito fazer com que o usuário saiba que seus dados de navegação, localização e pesquisas estão sendo usados para personalizar anúncios. A partir daí, o usuário terá a escolha de aceitar ou não esse uso.
Além da Apple, o Google também pretende tomar medidas anti-rastreio. Segundo o jornal Wall Street Journal, a decisão foi tomada após investigações mostrarem que dados de usuários estavam sendo vendidos para organizações governamentais dos Estados Unidos. O jornal ainda afirma que o X-Mode, software por trás desse rastreamento, teria coletado informações de localização de usuários muçulmanos, através de aplicativos de oração.
Diferentemente da Apple, o Google deu um prazo de apenas uma semana para que os aplicativos que contam com o X-Mode removam o software.